sexta-feira, outubro 27, 2006

Cá vamos cantando e rindo...


Como se nada acontecesse contiua-se a viver o dia a dia com VIH, como se este não existisse. Muito embora o número de casos de óbitos SIDA (declarados) tenha diminuído, continuamos a vera muitas pessoas com doença e em tratamentos de ambulatório, fazendo quimio terapias para algum problema (CMV?).
Hoje o maior número já não são os homossexuais e os toxicodependentes, mas antes todos os que até aqui se julgavam imunes, por força da informação passada no jornais e TV: hetrossexuais. Com isto significa que muitas mulheres tambám passaram a fazer parte deste número e contrariamente ao que se pensa, muitas não são jovens, mas mulheres com 60, 70 anos e mais, que nem sabem com lhes caíu em cima uma coisa destas, pois só mantinham relações com os seus "extremados esposos".
É assim que o VIH e mais tarde a SIDA, se instala numa sociedade que não dá atenção aos seus cidadãos mais necessitados e os trata com indiferença e os discrimina.

quinta-feira, outubro 26, 2006

E a vida continuará?


Hoje fui ao Hospital buscar os meus medicamentos antiretrovirais, para o próximo mês e falei com a farmacêutica do ambulatório, sobre as novas "normas" para distribuição dos medicamentos nas farmácias oficinas (farmácias de rua).
Os outros portadores de VIH (com quem tem conversado) já falam que se tiverem de ir à farmácia do bairro, não vão, pois não estão dispostos a serem "olhados de lado". A Lisboa vêm portadores de VIH de todos os lados: de Lisboa, de Coimbra, de Faro, de Évora, de Beja, dos Açores e da Madeira.
Esta teimosia do Ministro da Saúde vai sair cara a todos nós, pois se os portadores de VIH deixarem de tomar a medicação correctamente e a tempo, ou deixarem de a tomar na totalidade, existirá muitos casos de morte e muitos casos de novas infecções que se consideram de Atentado à Saúde Pública.
Mas será só teimosia ou uma nova forma de discriminação em que só os que tiverem capacidade económica poderão ter acesso às terapias antiretrovirais? Baixa-se a despesa da saúde acabando com os doentes, como se fez na 2ª Guerra Mundial. A isto chama-se EUGENISMO.
A nossa falta de hábito de trabalhar comunitáriamnete e não só pensando em si próprio, irá conduzir a que este Ministro e Governo, façam com que em Portugal o número de portadores de VIH, baixe através da sua morte.
Hà necessidade que os que vão sentir esta situação façam abaixo assinados para o Ministro da Saúde e Assembeia da República sobre esta nova eugenização, de forma a que o Ministro da Saúde se contenha na sua luta economicista.

quarta-feira, outubro 25, 2006

A vida tal como ela é


Vihver é um local para se falar desta questão do vih e de que forma este vírus nos afectou a todos, directamente ou indirectamente, pois nenhuma sociedade ficou imune a esta doença. Todos nós que somos infectados ou afectados por esta doença temos de ter o sentido de que, muito embora hoje pareça que não mata ninguém, todos os dias morrem pessoas devido ao VIH, através de infecções oportunistas como infecções pulmonares (tuberculose, pneumonia, etc) ou por um outro vírus como o citomegalovírus.
Crê-se que hoje existem mais pessoas infectadas com o VIH, em Portugal, de que há vinte anos atrás, quando esta pandemia começou a dispersar-se.
Isto é o resultado da inexistência de uma política suprapartidária, nacional, consciente, não moralista nem moralizante e, bem definida de combate ao VIH, através de campanhas de informação, dirigidas a todos os cidadãos e cidadãs, que se rião iniciar, que se iniciam, já têm ou recomeçam uma vida sexual activa.
Nunca houve da parte dos principais partidos que têm feito sucessivos governos, PSD e PS, qualquer esforço para além do apoio no que concerna à medicação.
Mas a prevenção/informação, consciente, pode e produz cidadãos com conhecimento para se prevenirem de infecções sexualmente transmissíveis.
Hoje já existem muitos que para além de serem portadores de VIH, têm outras infecções associadas, como a sífilis, herpes genital, hepatite B e C, etc.
Aqui se pretende dar voz a quem não tem, longe das ong e que a elas não recorrem com medo de se exporem publicamente. É para todos aqueles que querem ajudar a mudar a actual situação em que o Ministro da Saúde(MS), pretende que se pague 10€, no levantamento dos medicamento, em que o MS cedeu às pressões da Associação Nacional de Farmácias (ANF), para estes distribuirem os antiretrovirais e com isso, as farmácias, arrecadarem de todos nós (contribuintes pagantes) cerca de 30% a mais no valor base do medicamento, acrescido de 5% para a empresa distribuidora dos mesmos, elevando assim o preço final para todos os portugueses pagarem o que até aqui tem sido distribuído sem margens de lucro e, com grande eficácia, pelos Hospitais.
Há que ter em conta que a indústri farmacêutica, que produz este medicamentos, teve de baixar em 6% o valor dos mesmo (imposição ministerial e governamental).