quinta-feira, março 15, 2007

Classificações







Aenima, claro que não me importo dos plágios.Quanto aos toxicodependentes, saõ qualificados ENQUANTO TAL independentemente da forma como foram contaminados, pois no primeiro inquérito feito pelo médico, essa questão é colocada e é assim que "somos" classificados para fins estatísticos.Toxicodependente, heterossexual ou homossexual "têm um padrão pré-definido" associado "à forma de contaminação", sendo de imediato colocado dentro da "caixinha da classificação", mesmo que tenham contraído o vírus de forma diferente da que se lhe atribui.



Em qualquer dos casos mesmo que um hetero ou homo tenha contraído o VIH por uso de drogas injectáveis, conta como hetero ou homo se não fizer referência ao uso de drogas. O mesmo se aplica no sentido contrário, ou seja se um toxicodependente, não disser qual a sua preferência sexual, fica classificado como toxicodependente "assumidamente", independentemente se a sua forma de contaminação tiver sido por via sexual.

terça-feira, março 06, 2007

Ontem éramos muitos, hoje somos milhares



A 31 de Dezembro de 2006, encontram-se notificados 30 366 casos de infecção VIH / SIDA nos diferentes estadios de infecção.


A análise, segundo os principais aspectos epidemiológicos, clínicos e virológicos é apresentada separadamente para cada estadio da infecção, por corresponder a situações distintas. Como elemento comum a todos os estadios, verifica-se que o maior número de casos notificados (“casos acumulados”) corresponde a infecção em indivíduos referindo consumo de drogas por via endovenosa ou “toxicodependentes”, constituindo 45,0% (13 684 / 30 366) de todas as notificações, reflectindo a tendência inicial da epidemia no País.
O número de casos associados à infecção por transmissão sexual (heterossexual) representa o segundo grupo com 37,5% dos registos e a transmissão sexual (homossexual masculina) apresenta 11,9% dos casos; as restantes formas de transmissão correspondem a 5,6% do total. Os casos notificados de infecção VIH/SIDA, que referem como forma provável de infecção a transmissão sexual (heterossexual), apresentam uma tendência evolutiva crescente importante.
No segundo semestre de 2006, a categoria de transmissão “heterossexual” regista 51,5% dos casos notificados (PA, Sintomáticos não-SIDA e SIDA).
O total acumulado de casos de SIDA em 31 de Dezembro de 2006, era de 13515, dos quais 449 causados pelo vírus VIH2 e 189 casos que referem infecção associada aos vírus VIH1 e VIH2. Em 83 casos de SIDA, o tipo de vírus da imunodeficiência humana ainda não nos foi comunicado, obedecendo no entanto estes casos aos critérios de classificação.
Os casos de SIDA apresentam a confirmação do padrão epidemiológico registado anualmente desde 2000. Verifica-se um aumento proporcional do número de casos de transmissão heterossexual e consequente diminuição (proporcional) dos casos associados à toxicodependência.
Os “ Portadores assintomáticos” são predominantemente jovens com mais de 20 anos e indivíduos até aos 39 anos, constituindo o maior número de casos notificados (72,5%) neste grupo. Constatamos o elevado número de casos de infecção VIH assintomáticos, associados principalmente a duas categorias de transmissão: “toxicodependentes” representando 43,7% do total de PA notificados, bem como “heterossexuais” (40,6%). Contudo, analisando os anos 1999-2005, verificamos que o padrão da tendência temporal nos casos assintomáticos regista flutuações da tendência observada, resultante do facto da categoria de transmissão “heterossexual” apresentar valores percentuais diversos entre 1999-2005, em relação ao total de casos notificados em cada ano, enquanto os “toxicodependentes” confirmam a tendência proporcional decrescente.
Os casos sintomáticos não-SIDA (“Complexo Relacionado com SIDA”, na designação clássica) constituem um grupo com menor número de casos, cujas características epidemiológicas, em relação aos principais parâmetros, seguem o padrão epidemiológico anterior. Neste grupo, 39,0% correspondem a indivíduos “toxicodependentes” e 39,6% a casos na categoria de transmissão heterossexual; a tendência evolutiva anual apresenta valores proporcionais crescentes nesta última categoria.


Para os casos diagnosticados entre 2002 e 2006, as proporções nas diferentes categorias de transmissão são variáveis, registando-se para os heterossexuais: 42,9% (2002); 45,4% (2003); 50,6% (2004); 48,0% (2005); 51,5% (2006); para os toxicodependentes: 47,7% (2002); 42,8% (2003); 39,5% (2004); 41,4% (2005); 36,4% (2006), enquanto que para os homossexuais observam-se os valores: 7,1% (2002); 8,6% (2003); 7,8% (2004); 8,5% (2005) e 9,5% (2006).
Todavia, durante o próximo ano, serão ainda recebidas notificações de casos diagnosticados em anos anteriores, originando portanto, uma variação nos valores percentuais acima indicados, alterando, eventualmente, as tendências observadas.